Monte-Abraão

domingo, 28 de outubro de 2012

Ontem (Domingo) enquanto vendia rifas, fiz a pergunta habitual a uma senhora mais idosa, "Boa tarde quer comprar uma rifa para ajudar os escuteiros?" A senhora parecia um pouco desorientada e por isso não obtive resposta, talvez porque se calhar estivesse mais preocupada a fazer outra coisa. E estava, quando eu lhe perguntei se a senhora estava bem, esta respondeu-me que tinha perdido a sua filha, uma senhora já adulta. Eu, como escuteiro tenho a obrigação de intervir nestes momentos, e foi o que fiz. Perguntei-lhe como era a senhora que procurava , depressa ela ma descreveu (cor do cabelo, altura, físico etc.).
 Pus-me à procura de uma senhora com aqueles atributos à porta de uma loja de roupa, isto porque a senhora idosa me tinha dito que tinham ido as duas às compras, e encontrei também uma senhora, (esta mais nova) à procura de algo. Perguntei-lhe se por acaso não estaria à procura de uma senhora mais idosa, ao que ela me respondeu que sim. Pedi-lhe que ficasse ali pois achava que tinha encontrado essa tal pessoa.
 Fui ter de novo com a senhora com quem tinha falado primeiro, a mais idosa, que ainda procurava a filha, levando-a à mesma. No final agradeceram-me as duas. 
Não me compraram uma rifa, mas também não o esperava, pois não fiz esta boa ação em troca de algo, fi-lo porque sou escuteiro e devo fazê-lo regularmente. 
Não registei este momento com uma fotografia, pois não estava à espera que acontecesse tal coisa e não costumo levar máquina fotográfica para uma campanha de rifas. Sei que vender rifas é algo um pouco maçador, mas sinto que o dia valeu ainda mais a pena.



               Ricardo Talefe
Albatroz